Blind Boy Fuller nasceu com o nome de Fulton Allen, no dia 10 de julho de 1907, em Wadesboro, Carolina do Norte. Ele veio de uma família pobre e religiosa, com 15 irmãos. Exposto à música desde garoto, nas igrejas ou pelas ruas, ele logo teve interesse em se tornar um músico. Porém, pouco antes dos vinte anos de idade, sua vista começou a ficar ruim e ele logo ficaria completamente cego, provavelmente por causa de alguma doença. Há quem diga que alguma namorada, ou ex-namorada apaixonada teria cegado Fuller com alguma mistura química caseira.
Quando sua família se mudou de Wadesboro para Rockingham, ainda garoto, ele começou a aprender seus primeiros acordes no violão. Além de blues ele aprendeu também o "ragtime" e outros estilos tradicionais das regiões rurais e pobres da cidade.
Como na época as oportunidades para um homem negro e cego eram limitadas, ele logo se viu nas ruas, tocando para sobreviver. Em pouco tempo ele se tornou conhecido entre os outros artistas de rua locais. Entre eles estava o gaitista Sonny Terry, com quem fez várias gravações, e o guitarrista gospel Gary Davis, que também era cego. Fuller até aprender algumas técnicas com Gary através dessa parceria.
Fuller é um dos maiores ícones do Piedmont Blues, um estilo caracterizado pelo maneira de se tocar o violão, onde se usa o polegar para fazer as vezes do baixo enquanto se toca a harmonia nas cordas médias e agudas. Outros artistas consagradas nesse mesmo estilo são Brownie McGhee, Mississippi John Hurt, Loonie Johnson, Blind Blake, Josh White, entre outros.
Fuller cantava de maneira áspera e suas músicas contavam de modo explícito cada aspecto de sua vida como um homem desprivilegiado - crimes, prisão, doenças, morte. Apesar de não ser um artista sofisticado, Fuller era autêntico. Cantava com franqueza e honestidade. Ele também cantava sobre amor, desejo, frustrações e ameaças, tudo com algumas pitadas de bom humor.
Blind Boy Fuller morreu de infecção severa na bexiga em 1942, com apenas 33 anos de idade. Sua popularidade era tanta que após sua morte, J. B. Long, da Columbia Records deu a Brownie McGhee, aprendiz de Fuller, o nome de Blind Boy Fuller II, que ele acabou usando por algum tempo.
Seus maiores sucessos foram "Rag Mama, Rag", "Trucking My Blues Away," e "Step It Up and Go", todas elas no estilo "ragtime" e "Lost Lover Blues", "Rattlesnakin' Daddy" e "Mamie", no melhor estilo do Delta Blues, Alem de Three Ball Blues, ao melhor estilo N.Y. City Blues provando sua grande versatilidade com o instrumento nas mãos.
Fonte: http://blueseveryday.blogspot.com/2007/
Para mostrar a versatilidade desse músico, essa canção. TRUCKIN’ MY BLUES AWAY onde pode ser observado o ESTILO RAGTIME de Fuller:
TRUCKIN’ MY BLUES AWAY - BLIND BOY FULLER
(Recorded by: Blind Boy Fuller em 09/02/1937 em New York, NY)
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Keep on truckin’ baby, truckin’ my blues away.
Keep on truckin’ baby, truckin’ both night and day.
Readin’ what the elephant said to the cat : “got a feather for my hat, tight like that.”
Keep on truckin’ mama, truckin’ my blues away, ah me, trucking my blues away.
Yeah!
Keep on truckin’ mama, truckin’ both night and day,
Keep on truckin’ mama, truckin’ my blues away.
Readin’ what the elephant said to the bell, “put off your beat an’ it’ll be a natural hell.”
Keep on truckin’ mama, truckin’ my blues away, ah me, trucking my blues away.
Yeah!
Keep on truckin’ mama, truckin; my blues away,
Keep on truckin’ baby, truckin’ both night and day.
Little brown rooster told the little red hen, “I ain’t had no lovin’ since I don’t know when.”
Keep on truckin’ mama, truckin’ my blues away, ah me, trucking my blues away.
Yeah!
De-de-de-deedle-de-dum-ba-bow, ba-ba-ba-bum-bum-bow ( 2 X)
Bum-de-dum-de-dum-dum-bow, bum-de-dum-de-zow-zow-zay
Yeah!
Keep on truckin’ mama, truckin’ my blues away, ah me, trucking my blues away.
Keep on truckin’ mama, truckin’ both night and day,
Keep on truckin’ mama, truckin’ my blues away.
Come on gal lets go across town, put our dollars down, we get drunk and clown.
Keep on truckin’ mama, truckin’ my blues away, ah me, trucking my blues away.
Yeah!
[Spoken: There’s word on the Truck Patches, it’s everybody’s truckin’.]
Bum-de-dum-de-dum-dum bow, bum-de-dum-de-zow-zow-zay. Yeah!
Keep on truckin’ mama, truckin’ my blues away, ah me, trucking my blues away.
Keep on truckin’ mama, truckin’ both night and day,
Keep on truckin’ mama, just truckin’ my blues away.
Lil’ rooster chew tobbaco, hen dip snuff, said he can't shimmy but he’ll strut his stuff yeah!
Keep on truckin’...
por: JoKa Blues
Comentários
Gosto de um disco que tenho dele com o Sonny Terry.
O Truckin' my Blues Away, com a capa do Crumb é duc*****
O blog tá ficando um arquivo doido.
Jah vi essa capa do Crumb, soh achei ela pequena se não colocava aqui pra ilustrar a canção.
Abraços!